Commodities: O mercado
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  • Caroline Hirasaka

Commodities: O mercado

Atualizado: 12 de jan. de 2023

Um dos mercados mais fascinantes, que move o mundo e move o mercado financeiro e que sim, muita gente ganha dinheiro com isso, mas antes de chegar em como ganhar dinheiro com isso, vamos abordar tópicos elementares para que haja maior compreensão sobre o assunto.

Então, para começar, o que são as commodities?

Commodity, na sua versão singular do inglês, significa mercadoria, em resumo, commodities são mercadorias com baixo ou nenhum valor agregado, utilizados na produção de outros produtos, como por exemplo:

Soja - Óleo de soja, Cana de açúcar - Etanol, Petróleo - Gasolina, Minério de ferro e até mesmo um trator pronto.

Como deu pra perceber, as commodities são das mais diversas, mas podemos separa-las em 3 principais classes:

  • Agropecuárias

  • Minerais

  • Energéticas

Outro ponto importante, é que se trata de um produto com baixo valor agregado e para se tornar uma commodity altamente e facilmente negociável, se faz necessário preencher 2 pré requisitos: Ter baixa perecibilidade, para que possa ser armazenado e ser passível de padronização, essa é a razão pela qual a laranja e o limão não serem commodities negociadas, mas sim o suco de laranja e o suco de limão concentrado e congelado.

Dentro de cada classe, podemos citar algumas das commodities amplamente negociadas, dentre as agropecuárias temos:

  • Soja, Milho, Café, Açúcar, Boi Gordo, Algodão, Trigo;

Já as minerais, temos:

  • Ouro, Prata, Aço, Alumínio, Uranio;

As energéticas são formadas por:

  • Petróleo, Óleo de calefação, Xisto, entre outros;


Acredito que você já percebeu que as commodities estão em todos os lugares, ao contrario do que muitos pensam esses produtos são encontrados nos mais diferentes produtos, estranho né? mas não. Açúcar por exemplo, além de adoçar, possui propriedades que o permite atuar como conservante de alimentos, o milho e seus subprodutos são utilizado nos cosméticos, cervejas, óleo culinário entre outros.


Falaremos então da commodity que dominamos, na classe agropecuária, temos o Boi Gordo. A atividade pecuária contribuiu de maneira decisiva desde os tempos coloniais para a ocupação do território brasileiro, A chegada do gado no país acompanhou os colonizadores portugueses, inicialmente foram amplamente utilizados como tração animal para os engenhos de cana de açúcar, nosso primeiro cultivo em larga escala.

Posteriormente a pecuária de corte desenvolveu-se com o gado zebuíno por meio da expansão da fronteira agrícola, desbravando e ocupando regiões sem estrutura e também a utilização de terras esgotadas pela agricultura. As rotas eram sempre apoiadas por rios como o Rio São Francisco, Tocantins e o Rio Araguaia. o crescimento do rebanho nacional foi impulsionado nos séculos seguintes com a chegada de animais europeus da raça dos taurinos.

Na década de 1970, o governo militar pediu pela ocupação da Amazônia e o gado foi novamente utilizado, resultando em uma nova utilização de pastagem e rebanho.

Ao longo dos últimos anos, houve um crescimento nas regiões do centro oeste e norte, onde as cidades tiveram um crescimento de rebanho superior a 500% nos últimos 20 anos.

Nos dias de hoje, o Brasil figura entre os expoentes lideres do setor de proteína animal, com grandes industrias abatedoras e processadoras, rebanho intensificado e áreas produtivas. Em 2020 o Brasil detinha o maior rebanho de bovinos do mundo, com 187 milhões de cabeças. Neste mesmo ano o abate anual girou em torno de 41 milhões de animais, gerou aproximadamente 10,32 milhões de toneladas equivalentes em carcaça de carne, resultando em uma taxa de desfrute de 22%, apesar do grande rebanho a atividade brasileira ainda é predominante a pasto, por isso não temos a maior produção do mundo, neste quesito, ficamos atrás dos EUA, que produz anualmente 12 milhões de toneladas equivalentes de carcaça, do total abatido do ultimo ano, 84% foi de rebanho a pasto enquanto 16% tiveram origem no confinamento, quando falamos das exportações, porém, voltamos a ter o primeiro lugar, em 2020 foram embargadas 2 milhões de toneladas equivalentes de carcaça ou 26% da produção total, com os principais destinos: países asiáticos e os árabes.

A ampla produção aqui citada, nos torna o 3 maior consumidor de carne per capita do mundo. Por ano o brasileiro consome aproximadamente 35kg por habitante, ficando atrás apenas de Argentina e EUA, que consomem anualmente 51kg e 38 kg de carne bovina por ano, respectivamente.

Por fim, para finalizar e termos uma noção territorial, hoje em dia, aproximadamente cerca de 165 milhões de hectares estão ocupados com área de pastagem, isso é equivalente a 19% da área total do Brasil de 851 milhões de hectares.




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