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Venezuela impõe tarifas de até 77% a produtos brasileiros: o que representa para o agronegócio?

  • Foto do escritor: Caroline Hirasaka
    Caroline Hirasaka
  • 27 de jul.
  • 3 min de leitura

No início de julho de 2025, a Venezuela surpreendeu o mercado ao aplicar tarifas de 15% a 77% sobre produtos brasileiros, mesmo com acordos bilaterais em vigor. Entenda os impactos imediatos para o agro, as fragilidades comerciais expostas por essa decisão e o que produtores e exportadores podem fazer para se proteger.


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O QUE ACONTECEU?

Apesar de não haver uma justificativa oficial detalhada por parte do governo venezuelano, o movimento pode estar associado a três possíveis fatores:


  1. Reação política a pressões diplomáticas ou disputas regionais, especialmente frente ao protagonismo do Brasil no Mercosul e ao contexto eleitoral na Venezuela.

  2. Tentativa de proteção da indústria local, diante do aumento das importações brasileiras via fronteira terrestre a preços competitivos.

  3. Disfunções no sistema aduaneiro venezuelano (como o Sidunea), que estariam rejeitando certificados de origem brasileiros por questões técnicas ou políticas.


As novas tarifas variam entre 15% e 77%, e já estão sendo aplicadas mesmo com a documentação regular dos exportadores.

O fato é que, mesmo com documentação correta e acordos de isenção tarifária em vigor, os produtos brasileiros estão sendo tarifados pesadamente, gerando perdas imediatas e colocando em xeque a segurança jurídica da relação bilateral.


QUAIS SÃO OS IMPACTOS DIRETOS PARA O AGRO?
  • Aumento imediato do custo dos produtos brasileiros no mercado venezuelano, tornando-os menos competitivos em relação a fornecedores de países vizinhos

  • Suspensão de exportações em andamento, especialmente de empresas que atendiam a licitações públicas ou mantinham contratos regulares com distribuidores venezuelanos.

  • Insegurança jurídica e comercial, uma vez que as tarifas foram impostas mesmo com uso de certificados de origem e sistemas reconhecidos (como o Siscomex/Sidunea).


O QUE ISSO REVELA SOBRE OS RISCOS COMERCIAIS?

Este episódio evidencia uma fragilidade recorrente nos negócios internacionais mal estruturados. A confiança exclusiva em acordos diplomáticos não garante, por si só, estabilidade tarifária ou segurança jurídica. Mesmo certificados de origem válidos e emitidos conforme os tratados podem ser desconsiderados por decisões unilaterais de governos parceiros, como vimos no caso venezuelano. Quando não há cláusulas de salvaguarda, mecanismos de compliance ou uma estrutura sólida de mitigação de riscos, produtores e distribuidores ficam expostos a perdas financeiras severas, sem alternativas ágeis para redirecionar suas operações.


COMO SE PROTEGER E AGIR ESTRATEGICAMENTE?

Diante de episódios como o ocorrido com a Venezuela, a mitigação de riscos passa a ser prioridade para qualquer operação internacional. No FazendaCheia, orientamos nossos parceiros a estruturar negociações com base em critérios técnicos, jurídicos e geopolíticos, construindo operações resilientes e com capacidade de adaptação diante de mudanças repentinas no cenário global.


  1. Curadoria de destinos comerciais com estabilidade institucional e previsibilidade regulatória.

  2. Análise contratual com cláusulas de proteção e compliance, inclusive para exportações facilitadas por fronteiras terrestres.

  3. Diversificação de mercados compradores, com suporte para inserção na Ásia, Oriente Médio e Europa — sempre alinhado às exigências comerciais, logísticas e documentais de cada mercado.

  4. Monitoramento de tarifas e políticas comerciais em tempo real, com alerta e reavaliação de rotas, garantindo uma atuação proativa, e não apenas reativa, frente aos riscos externos.


ALTERNATIVAS: E AGORA?

Se sua empresa foi diretamente impactada pelas novas tarifas venezuelanas, é fundamental agir com agilidade e clareza estratégica. A interrupção de um canal comercial não deve ser interpretada como o fim de uma operação, mas sim como um sinal de reconfiguração de rotas e oportunidades.

No FazendaCheia, estamos preparados para auxiliar empresas a redesenhar seus fluxos de exportação, priorizando países com acordos ativos, menor risco regulatório e alta demanda pelos produtos brasileiros. Também realizamos a qualificação e a curadoria de novos compradores internacionais, capazes de absorver rapidamente a produção originalmente destinada à Venezuela, com negociações seguras e alinhadas às novas condições de mercado.

Além disso, acompanhamos de perto a evolução do cenário diplomático e comercial entre Brasil e Venezuela, prontos para atuar no momento certo em uma possível retomada de fluxos, caso haja reversão das medidas tarifárias ou abertura de diálogo institucional.

Nosso papel é garantir que o produtor ou exportador brasileiro não dependa de um único mercado e esteja sempre preparado para se adaptar, crescer e proteger seu negócio — mesmo diante da instabilidade.


Se você é exportador, distribuidor ou produtor impactado pelas novas tarifas venezuelanas, entre em contato com nossa equipe para uma análise de viabilidade e alternativas comerciais.


 
 
 
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